terça-feira, 15 de abril de 2008

Era frio
E aqueles pequenos olhos me aqueciam tão profundamente que transpassavam a epiderme, chegavam rasgando de tão quentes até meus mais profundos desejos.

Confesso que meu desempenho foi prejudicado pela timidez do até então terceiro encontro e primeiro contato físico, porém, a vontade de saciar-me era tão maior do que qualquer barreira moral que poderia ser ali instaladas.

Sua pele parecia com um veludo quente e conhecido, complementada com seu cheiro tão excitante que me fazia sentir nascentes de água provenientes do meio de minhas pernas.

A boca delicada, embora homem, mas um ser com características femininas e doces, assim fomos decodificando cada gesto de agrado mútuo, assim a noite avançava até quase ficar dia claro. O sono não vinha às mãos se encontravam. E o corpo pede um novo reencontro para que se possam viver mais momentos tão delicados e vorazes ao mesmo tempo.

05/06/2006 Poema redigido por uma grande amiga

(Filme: Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças)