segunda-feira, 4 de setembro de 2006

De prosa com o Bem-ti-vi
Olha o mar conflitando com o rio
A náusea que causa esta relação
Desta sede que não cede!

Achando caminho a folha plana utópica sobre as águas
O vento é testemunho abstrato na confusa relação que traço
Entre a água doce o amor salgado...

Olha a pedra acomodada na água parada da lagoa
O som à toa do canto estridente ecoa
Da prosa boa que tive com o bem-te-vi
01/09/2006 - Leandro Zanelli

terça-feira, 22 de agosto de 2006

É o nada que tudo tens!
Na sociedade em que vivo, quando tens tudo no nada
E tens o tudo que queria. Ainda sim, rico...
Só serás quando tiver o que a sociedade almeja a ti!
11/05/2006 - Leandro Zanelli
(Alexandre, o Grande & Diógenes, o Cínico)

domingo, 2 de julho de 2006

Encantamento
É o cheiro de chuva guardada
O temporal que me amedronta
Ao seu lado se sou, sou o nada.
Em mim sua presença afixada
Faz meu peito enlouquecer
02/07/2006- Leandro Zanelli

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Que horas tem?
A maquina que antecede minha morte
Impetuosa golpeia-me em pontos certeiros
Regra-me a vida em um ciclo lógico
O paciente caminhar rítmico dos ponteiros
14/03/2006 - Leandro Zanelli
(Adam Scott Miller, space time tomb womb)

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Boa sorte!
Nas malditas boas sortes do trevo
Não me entrego ou estremeço
Fico com o azar que nada me promete
Traz-me trevas como lucro!
18/04/2006 - Leandro Zanelli
(Waterhouse 1903)
Das nossas loucuras
O que impera é ser louco na "loucura normal"
E quem não está dentro da loucura vigente
Logo é tratado como louco doente.
13/10/2005 - Leandro Zanelli
(Guillermo Cuevas, highly inspired in magic mushrooms experiences)
Outro em mim
Tenta ser quem não é
É outro por tentar não o ser!
Esquece-se do que foi
Enganando-se com seu outro ser.
21/08/2004 - Leandro Zanelli
(20” x 30”, Caneta e Sangue, Copyright 2003 Vincent Castiglia)
Grelos de Aço
Não te sirvo, nem sou fruto de seu machismo!
A bruta conseqüência de anos de conformismo
Herança de uma sociedade patriarcal
Minha liberdade nunca será substituída por moral
Seus conceitos depravados são amarras
Para me libertar persisto, tenho garra!
08/03/2001 - Leandro Zanelli

"Se não posso dançar, não é minha revolução"
(Emma Goldman 1869-1940)